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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tive medo do que restaria de mim, mesmo assim não desisti de me montar com os cacos que restaram

Tive medo do que restaria de mim. Não consegui catar todos os cacos e deixei-os perdidos por aí. Era triste os ver sendo pisoteados, esmagados, arremessados... Nesse momento fui reduzida... Do tamanho que fiquei não cabia nem mesmo os meus sentimentos, quanto mais minha alma!! Mesmo assim não desisti de me montar com os cacos que restaram. Eu me reconstruí da melhor maneira que pude! Mas com os poucos pedaços que restaram, não deu para trazer todos os sentimentos de antes. Então tive que decidir quais eu traria e como numa espécie de aprendizado, optei somente pelos bons e de brinde ganhei meu sossego. Quando levantei, tomei um belo banho para tirar toda aquela poeira que restara da queda. Me reinventei e trouxe comigo somente as melhores lembranças...ahh! E sobre aquelas que me levaram ao chão, não sei qual foi o fim. Suponho que ficaram por lá ou foram varridas, ou estão perdidas em algum lugar por aqui...
(Danielle Medeiros)